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A mostrar mensagens de maio, 2009

Capítulo XII - Seguir

Olha a ponta de uma linha... Mais um texto Mais uma noite perdida a teclar Mais um tempo gasto numa rima nada poética que me perturba o subconsciente... Onde é que termina? Está a ficar escuro lá fora e eu ainda não vejo hora de me recolher... o meu covil espera-me, quente e escuro, mais escuro que o negro da rua, mas mais confortável que o manto que recobre o céu... é cor de breu. Que mais há para além dela? Temo por nada conseguir pensar. Temo o podre, temo o ressequido. Temo uma fonte de imaginação coberta de estagnação. É pútrido. É macabro. É mau. Tenho que me refugiar deste sentimento Desta incapacidade. Vou partir... Como? Por onde? Talvez seja melhor ficar. Acalmo-me mal vejo a luz. Não a que fica ao fim do túnel, que essa já a vi mais vezes... a linha está a estreitecer e a chegar ao fim. E eu ainda não descobri nada. Parece-me de costura... Quanto mais tenho que dizer? Está para breve o tempo de subir ao eterno. De fechar os olhos para nada mais sentir. De deixar o meu corpo

Capítulo perdido - Divagações ao anoitecer

Mil palavras tentam fazer o que uma só sensação, um só texto, um só amor não conseguem.... Mil imagens não revelam o quanto de maravilhoso há no meu coração, pronto para ser partilhado com quem assim o merecer. Uma palavra Sentida por alguém cuja mente não está entupida com o mundano Uma imagem Revelada por quem espera mais nada que o meu amor Sim Digo amor Digo asneiras como digo amor Digo tretas Digo o indizível Digo-o porque o quero dizer E quem diz que tenho que dar cartas à falta de sentido? Ninguém! Ninguém mesmo!! Ouviram? Nada! Tenho-o dito.