Capítulo XII - Seguir
Olha a ponta de uma linha...
Mais um texto
Mais uma noite perdida a teclar
Mais um tempo gasto numa rima nada poética que me perturba o subconsciente...
Onde é que termina?
Está a ficar escuro lá fora e eu ainda não vejo hora de me recolher... o meu covil espera-me, quente e escuro, mais escuro que o negro da rua, mas mais confortável que o manto que recobre o céu... é cor de breu.
Que mais há para além dela?
Temo por nada conseguir pensar. Temo o podre, temo o ressequido. Temo uma fonte de imaginação coberta de estagnação. É pútrido. É macabro. É mau. Tenho que me refugiar deste sentimento
Desta incapacidade.
Vou partir... Como? Por onde?
Talvez seja melhor ficar. Acalmo-me mal vejo a luz. Não a que fica ao fim do túnel, que essa já a vi mais vezes... a linha está a estreitecer e a chegar ao fim. E eu ainda não descobri nada.
Parece-me de costura...
Quanto mais tenho que dizer? Está para breve o tempo de subir ao eterno. De fechar os olhos para nada mais sentir. De deixar o meu corpo ser matéria orgânica para alimentar o mundo... infeccioso. Caixa de Pandora.
Quem deixou aqui este trilho?
Perco-me mais numa reflexão extemporânea e fútil sobre a direcção do mundo. As teologias do vivo e do morto? De quem ascendemos? Quem nasceu primeiro - o ovo ou a galinha? Parvoíces... Como que se alguém alguma vez se importasse com questões estranhas como esta...
Está a mudar de cor... Deve ser mágico...
Finalmente ao amor. Tinha que falar de amor... Não fosse eu um ser iluminado que não falasse de amor... e que tenho a dizer sobre isto? Tenho que dizer? Acho que já está tudo dito... Não tenho amor para dar e receber. Não, lamentavelmente não tenho. Pinto o amor de roxo. Roxo como a paixão pútrida que vejo diante dos meus olhos. Como a cor das violetas, pequenas mas que dão azo a muitas dissertações. Facilmente murcham... coitadas...
É o limite. Está a perder firmeza.
Sinto já demasiado laço..
Não. Não me leva a lado nenhum... Só a mais um sombrio recanto. Um meio de NADA.
Mais um texto
Mais uma noite perdida a teclar
Mais um tempo gasto numa rima nada poética que me perturba o subconsciente...
Onde é que termina?
Está a ficar escuro lá fora e eu ainda não vejo hora de me recolher... o meu covil espera-me, quente e escuro, mais escuro que o negro da rua, mas mais confortável que o manto que recobre o céu... é cor de breu.
Que mais há para além dela?
Temo por nada conseguir pensar. Temo o podre, temo o ressequido. Temo uma fonte de imaginação coberta de estagnação. É pútrido. É macabro. É mau. Tenho que me refugiar deste sentimento
Desta incapacidade.
Vou partir... Como? Por onde?
Talvez seja melhor ficar. Acalmo-me mal vejo a luz. Não a que fica ao fim do túnel, que essa já a vi mais vezes... a linha está a estreitecer e a chegar ao fim. E eu ainda não descobri nada.
Parece-me de costura...
Quanto mais tenho que dizer? Está para breve o tempo de subir ao eterno. De fechar os olhos para nada mais sentir. De deixar o meu corpo ser matéria orgânica para alimentar o mundo... infeccioso. Caixa de Pandora.
Quem deixou aqui este trilho?
Perco-me mais numa reflexão extemporânea e fútil sobre a direcção do mundo. As teologias do vivo e do morto? De quem ascendemos? Quem nasceu primeiro - o ovo ou a galinha? Parvoíces... Como que se alguém alguma vez se importasse com questões estranhas como esta...
Está a mudar de cor... Deve ser mágico...
Finalmente ao amor. Tinha que falar de amor... Não fosse eu um ser iluminado que não falasse de amor... e que tenho a dizer sobre isto? Tenho que dizer? Acho que já está tudo dito... Não tenho amor para dar e receber. Não, lamentavelmente não tenho. Pinto o amor de roxo. Roxo como a paixão pútrida que vejo diante dos meus olhos. Como a cor das violetas, pequenas mas que dão azo a muitas dissertações. Facilmente murcham... coitadas...
É o limite. Está a perder firmeza.
Sinto já demasiado laço..
Não. Não me leva a lado nenhum... Só a mais um sombrio recanto. Um meio de NADA.
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